segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quieto demais para ser verdade...


Era tarde de terça-feira, a rua, geralmente movimentada, estava deserta, havia apenas um gato passeando pela grama da família Parker. Seus olhos âmbar vidrados em qualquer coisa do outro lado daquele canteiro.
As nuvens moviam-se de maneira engraçada, com formas engraçadas. O sol batia de leve, apenas um toque morno aconchegante, chego em casa e sento na cadeira da varanda apenas para observar a quietude maravilhosa. Acendo um cachimbo e começo a jogar a fumaça para o alto, ninguém em casa também, havia um toque de surrealismo naquela tarde, mas tardes assim eram raras, principalmente durante a primavera, então eu decido me dedicar ao ócio o quanto fosse possível.
Não muito tempo depois um clarão verde fluorescente explode na minha frente e então um lagarto cabeludo surge no meio da rua, no lugar onde houve o clarão. Olho verde esmeralda na mesma cor da escama, cabelo ondulado laranja seguindo até a metade do corpo. Um metro e meio de altura, talvez um pouco menos, apoiado nas patas traseiras. Olha na minha direção, ergue a pata dianteira direita...
- Olá – diz o lagarto com uma voz suave.

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