quinta-feira, 15 de março de 2012

Quando me chamar de hipócrita, imagine-me como seu reflexo


E todo mundo dizendo um monte de mentiras
E tentando parecer legais e famosas
E um monte de gente confundindo fama com má fama
E gente dizendo o que você deve ou não fazer
Um monte de hipócritas idiotas
E por aí um monte de bêbados falando mal dos alcoólatras
E um monte de conservadores tristes e com inveja
Dos loucos andando com sorriso estampado em seus rostos
E o único sentido de tudo é que nada faz sentido algum

Poema de um desiludido


Tudo parece normal, a luz fraca amarela
Os mesmos bêbados de sempre
Um copo esvaziando e outro que me espera cheio
Um cigarro terminando de queimar
Um maço chegando ao fim no bolso

E o lado bom da bebida é que ela não fala
Não escreve nem te olha
Apenas te embriaga, e esvazia a cabeça
Deixa você pensar melhor em coisas mais importantes
Algumas coisas simplesmente não te deixam pensar
Devem achar que a gente sempre sabe de tudo
E que não é preciso pensar antes de escolher

A gente nunca sabe o que está por vir
Planos são só planos até estarem completos
E você poder dizer: “Puta merda, deu certo mesmo!”
Antes disso tem sempre a maldita expectativa
A incerteza sobre tudo que tem por aí

E você ouve isso e aquilo de umas e outras
 E acha que tudo vai dar certo e ficará legal
E no fim tudo que te sobra é a porra de uma bebida barata
Nunca dá para saber o que está acontecendo de verdade
E dizem uma coisa quando querem dizer outra
E já é de madrugada e está tudo fechado
E nada resta, senão tentar dormir antes de passar a embriaguês