terça-feira, 21 de junho de 2011
Não precisa acabar
A estrada é calma e bela
O asfalto parece macio
Meu corpo caminha maquinalmente
Ainda posso ver o brilho dos seus olhos
Afastando-se lentamente
Para as profundezas de algo que ainda não conheço
Abraçado com o desespero
Um abraço gelado e sufocante
E um beijo amargo com gosto de lágrimas
A estrada chega ao fim
O lugar parece tranquilo e confortável
O desespero disse adeus e partiu para sempre
Fecho os olhos e sinto a brisa morna bater
Acordo em meio a folhas secas numa manhã de outono
Seus olhos recuperaram aquele brilho de outrora
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